Cinquenta anos depois, a memória da Reforma Agrária ressoa com a força do cante alentejano: «É tão grande o Alentejo/ tanta terra abandonada/ a terra é que dá o pão/ para bem desta nação/ devia ser cultivada.»
Mais do que uma medida política, a Reforma Agrária foi uma das mais belas conquistas de Abril, um farol que iluminou o caminho do trabalho e do pão para os trabalhadores do campo. Foi um notável despertar coletivo, a edificação de um país renovado, onde a resposta aos problemas da produção e do emprego brotou da organização e da crença num futuro mais digno, colocando o destino nas mãos daqueles que verdadeiramente cultivam a nação.


