Ao longo de mais de um século, gerações de ferroviários deram o melhor do seu trabalho e da sua inteligência na luta por um futuro melhor, mais digno, com a consciência de que a sua profissão era uma alavanca ao serviço das populações, da sua mobilidade, contra a interioridade e o isolamento.
Lutando pelos seu direitos e pelas melhores condições de trabalho para servirem a comunidade, os trabalhadores ferroviários foram agentes de desenvolvimento e de progresso fundador da história que hoje se evoca como experiência que é necessário projectar para o futuro dos caminhos de ferro ao serviço do povo e do país.
Gerações de ferroviários, de diferentes ideologias politico-sindicais, com e sem partido, sofreram ao longo de decénios a repressão e arbitrariedade por terem ousado erguer a voz na defesa dos seus interesses de classe e dos trabalhadores.
Os ferroviários estão ao lado do MFA, quando emergem os dias magníficos de Abril de 1974, em que o levantamento dos militares e a revolta do povo demoliu o poder despótico e corrupto. Depois dos acontecimentos clarificadores de 11 de Março de 1975, com a derrota da tentativa contra-revolucionária, o mês de Abril foi muito importante para os ferroviários. No dia 5, num grande plenário no Pavilhão dos Desportos, reivindicam a nacionalização da CP- Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses – concretizada em 16/04/1975, com a publicação do Decreto Lei n.º 205-B/75.
Em 16/04/1975, com a publicação do Decreto–lei nº 205-B/75 é nacionalizada a companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses – CP. Com o acelerar do processo revolucionário, o I Acordo Colectivo de Trabalho é negociado em 24/04/1975 e em 21/05/1976 é constituída a Federação dos Sindicatos Ferroviários com sede em Lisboa.
Exposição realizada nas comemorações dos 40 anos do 25 de abril no espaço L.